segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pequena e venerável jarra em chumbo


Esta pequena jarrinha em chumbo foi a minha última compra. Não sei de que período é. Se é da Renascença, de Roma, do Século XVII ou XVIII ou talvez seja apenas uma boa cópia?

Ainda que esta peça seja eventualmente uma réplica, os 20 euros(!) que paguei por ela justificam plenamente a compra.

No final do ano passado estive em Mérida, onde há uma pequena loja maravilhosa, em que o proprietário, um senhor francês se dedica a fazer e a vender réplicas de antigos bronzes, cerâmicas e vidros romanos numa qualidade fantástica. O único problema da loja são os preços. A réplica de uma pequena estatueta em bronze custa 200 euros, um frasquinho de vidro oxidado vale 600 euros e uma lucerna de terracota é vendida por 60 euros. É verdade que as patinas que o artificie lhes dá são completamente credíveis. Por exemplo, as estatuetas em bronze são enterradas durante dois anos para ganharem verdete. Convido-vos a visitar o site desta oficina http://www.bronceromano.com/ e ficarão encantados, sobretudo com as esculturas de bronze. Mas, não dá para comprar lá nada, a não ser que se seja milionário.

Por essas razões, esta minha peça foi quase dada e os pormenores são deliciosos. O gargalo com a forma de uma ave é muito elegante e curioso. A pega é também delicada e todo o conjunto respira requinte. Parece-me ser um recipiente para guardar unguentos e por isso talvez fosse propriedade de uma Senhora. Ali guardaria um creme ou uma tinta para pintar os olhos.

Ficou arrumado numa estante de acrílico, ao lado dumas réplicas duns vidros romanos comprados em Barcelona, com os quais casou muito bem.


Mais sobre este objecto

2 comentários:

  1. Boa tarde Luis
    Gostava muito de conseguir falar consigo pois vi uma peça de louça massarelos que gostei bastante e o Luis parece-me conhecedor....precisava de umas dicas!
    Se quiser fazer a gentileza de me contactar para o meu mail barbara.m.neto@sapo.pt eu agradecia.
    Cumprimentos
    Bárbara

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  2. A cabeça parece-me de avestruz, com o longo pescoço que confere à peça elegância e delicadeza.
    A pega é lindíssima e as decorações vivem pela preocupação pelo detalhe.
    Só a base destoa um pouco por ser algo desproporcionada em relação ao conjunto. Mas no seu todo é uma peça linda; no entanto não possuo qualquer sugestão sobre a origem da peça, nem ideia!
    Seja autêntica ou réplica, tanto faz para o gosto e prazer na fruição estética que uma pessoa possa ter por ela. E afinal rodeamo-nos de coisas cuja razão principal de ser é o prazer que a sua fruição nos possa dar (pelo menos é essa a minha forma de perceber a aquisição de algo).
    Manel

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